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É ao cair da tarde que se percebe
ao som de vento na pele
que só eu ouço..
Com a alma lavada pela chuva,
testemunha de lugares e lágrimas,
deixo-me levar pelo talvez de preces..
A umidade que respiro, em voz alta,
faz-me sentir invadida, única e exclusiva
sem o suor da devoção..
Existe sim, a vida que se encerra,
que deixa cair suas partes, se esconde,
que se prepara para sobreviver..
E eu dentro dela me acalanto
no frescor dos devaneios
e das paixões de outono..
No corpo dourado que no chão se deita,
no vermelho ardoroso esvoaçante
que acalma e abraça,
me sento sozinha, e novamente
inspiro...
Em voz alta escrevo
linhas de contar desejo e beijo
de jardim de cabelos ao vento
angústia e temor,
que tanta cor
ilumina e leva para longe..
Ing