quarta-feira, 28 de agosto de 2013

.poente distante.

tela de Luiz Alberto de Genaro


Desafio da compreensão
ronda o pensamento
beira a insanidade
nos toma inteiro..

Um grito molhado 
invade tua boca 
seca
rasgada..

Pega teus anseios
amarra teus nós
arrasta na areia
faz marcas de amar..

Não importa 
o que engasgou 
o que sufocou
o que ficou..

A boca selada
te inibe o grito
a escuridão
ilumina o gemido..

Vela teu sono
eleva teu amanhecer
que o poente
não te alcança mais..

Ing

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

.poro poema.

Internet


Escrevo com mãos que relutam
escrevo sem versos que rimam
as letras vibram sem se ler
revendo olhares em versos
que nunca virão..


Molhar a pena sem medo
qual dança passada revivida
rasgando o branco puro
pintado no desenho livre
que escorre pelo poro...

Me deixo levar pelo preto
pelo branco
pelo rubor e pelo ardor
e escrevo
sem enredo e sem dor..

Enfim na ponta do poema
encerra-se o instante
fluido, fugaz e inócuo
onde me deixei levar
sem sequer pensar..

Ing

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

.insonia.

Internet - http://oresignado.blogspot.com.br



De querer e de sentir
de amar e de viver
em uma nudez disfarçada
que nem nome pode ter..

Surge no meio da noite
se insinua, tumultua..
se veste de esquecer
e, inquieta, se desvanece..

Deserto de evocações
pagãs e ilusórias
onde a imensidão
é mão que não afaga..

Vertigem dolorosa
miragem invernal..
derradeiro sonho
envolto em carinho..

Corpo silencioso
imóvel e profano
brilha na noite
em alma insone..

Ing