domingo, 23 de setembro de 2012

.ventos do tempo.

Internet - desconheço autoria



Escrevo palavras
de insônia
de sonho e infinito..
algemado desejo
levado em agonia..
Doce ironia..
Que caminhar deixa
repetida sinfonia
sem tons ou harmonia?

Rima de ventania
que leva a vida
em tempos
de calmaria..
Sabe-se talvez
que a tirania
da vontade
animaria..

Deitar ao chão
o amor e a dor
tentando reviver
a pele e o coração
que arde..

E que não seja tarde..

Ing

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

.confidências.

tela de Maria Amaral


Sem muitos segredos
um sussurro ao ouvido 
cala e pele e seca a lágrima..

Tuas mãos certamente
me desfariam em orvalho..

Lanças-me ao infinito
dividindo loucura 
cadenciando sonhos..

Olhar abandonado
que brilha eternidade..

Um brilho enevoado 
que esconde a vontade 
perpetua insanidade..

E a loucura vem calma
sem ternura nem jeito..

Ao final é uma miragem
 sentir tanto e nada
estou aqui só de passagem...

Ing

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

.entre solos e bailados.

Internet - desconheço autor.


Não vejo sombras nem vultos
andando só me vejo ao longe
em estranha dança
sem cor de dor ou amor..

É uma caminhada longa
na pele que arde incessante
para um horizonte de luz..

Doces palavras versadas
que vergam joelhos frágeis
fazendo cair por terra o som
que outrora ouvia..

É um desatino desnudo
no grito ecoado que vem
e fere os ouvidos cansados..

Sigo a memória cega
exigindo muito sem troca
neste crer desesperado
neste viver amedrontado..

Ing