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"Um sentimento sempre queimando,
temperatura sempre subindo
e um grau
absurdo de uma situação
abocanhada entre os dentes.
Esse amor desgraçado
bagunçou meu coração.
Acelerou todas as minhas emoções.
Estipulou todas as
sensações
e nomeou a minha razão pra amar".
Jota Cê
Sinto o calor escorrer pela pele em um momento onde jamais deveria estar.
Existem tantos suores que escorrem e nos levam ao delírio..
O rasgar da pele que não cessa. Sensação inconsciente que covardemente me persegue, se hospeda em meu corpo e me atormenta sem proveito.
Busco um refúgio onde o pensamento me abandone, onde a carne esfrie e o peito se acalme.
Esquecida de que já fui, e que estive qual sombra em caminho oposto, me desentendo com meu lado tão alienado.
Uma reviravolta, me faz cair em tormenta e sentir o ar ao meu redor, quente, a me deixar em um sopro de sonho de onde nunca acordo.
É tudo tão absurdamente intenso que os poros vertem paixão e sedução..
E eu grito.
Um grito abafado, engasgado, de dor sem alento.
Uma lágrima sangra a ferida da luta perdida, chora a covardia da paixão sobrevivente.
Como querer um suave torpor, se queima por dentro a marca eterna de ilusões caladas, de palavras leves.
Pulsa enfim em mim, a veia que leva o corpo adiante, que vive e dá vida, que eleva o pensamento e o querer. E o tempo que teima em me paralisar, secar a alma, se soltou de mim. E eu, o deixei ir sem remorsos, apenas esperando que ele retorne para aquecer o corpo e fazer queimar o desejo esquecido..
Ing
Este post é parte integrante do projeto "Caderno de Notas" - segunda edição, sob o tema "a temperatura do corpo" do qual fazem parte as autoras Ana Claudia Marques , Luciana Nepomuceno , Lunna Guedes , Tatiana Kielberman , Thelma Ramalho, Mariana Gouveia
Um grito abafado, engasgado, de dor sem alento.
Uma lágrima sangra a ferida da luta perdida, chora a covardia da paixão sobrevivente.
Como querer um suave torpor, se queima por dentro a marca eterna de ilusões caladas, de palavras leves.
Pulsa enfim em mim, a veia que leva o corpo adiante, que vive e dá vida, que eleva o pensamento e o querer. E o tempo que teima em me paralisar, secar a alma, se soltou de mim. E eu, o deixei ir sem remorsos, apenas esperando que ele retorne para aquecer o corpo e fazer queimar o desejo esquecido..
Ing
Este post é parte integrante do projeto "Caderno de Notas" - segunda edição, sob o tema "a temperatura do corpo" do qual fazem parte as autoras Ana Claudia Marques , Luciana Nepomuceno , Lunna Guedes , Tatiana Kielberman , Thelma Ramalho, Mariana Gouveia