terça-feira, 13 de maio de 2014

Escrevo o que ainda conheço.

Internet
Tenho uma vida que nunca vivi - gostaria que fosse mais simples.
Lembranças de raros momentos insanos e plenos - um amar estranho.
Só sentir é mais que brilho - é mais que um pedaço indecente.
Delicadamente te abraço e me levas.
Suspensa no limbo do pesar onde me perdi - quisera fosse mais simples.
A presença em passos leves, respiração ofegante e quente.
Nesta hora a medida de segredos inexiste, uma pequena veia adolescente pulsa.
São sonhos, são dentes, sexo e acidentes.
Orvalho de lágrima que salpica a pele rubra e moribunda.
E eu - longínqua e calada - caio em um fundo poço de delicada névoa.
Debato-me em vão no nada onde agonizo, querendo teus braços para me levantar...
Mas, a tranquilidade me arrebata e soluço alto - um soluço quase grito!
Não quero o pó, a sombra, o desejo partilhado sem sobressaltos...
Seja o desespero da dor, seja o voo que aponta o caminho...
A folha desnudada, em branco, onde vais escrever dos meus olhos..
Pranto sereno ,banal e contínuo. Pleno de momento consumado
Que se deixou ficar em outro tempo.
Tempo que talvez ainda conheça...

Ing

este post é parte integrante do projeto “caderno de notas – terceira edição” do qual participam as autoras Ana Claudia Marques, Ingrid Caldas, Lunna Guedes, Mariana Gouveia, Tatiana Kielberman, Tha Lopes e Thelma Ramalho.
http://www.pontocontos.blogspot.com.br/
http://catarinavoltouaescrever.wordpress.com/
http://marianameggouveia.wordpress.com/
http://marianameggouveia.wordpress.com/
http://thalopes.com/blog/
http://www.2edoissao5.blogspot.com.br/

4 comentários:

Rô... disse...

oi minha amiga,

a profundidade com que coloca as palavras,
nos faz mergulhar num imenso mundo desconhecido,
aquele pedacinho escondido de nós mesmos...

beijinhos

Maria Luisa Adães disse...

Recorda

O calor dos encontros
que se sonharam
e nunca se realizaram!...

Não há Adeus...

Apenas uma sensação breve
que tu descreves

De forma muito bela

Maria Luísa

Tatiana Kielberman disse...

Há sentimentos que - por mais que tentemos - não conseguem ser transpostos em palavras.
Mas o seu coração sabe bem o caminho a seguir...

Beijos, querida Ing!

Artes e escritas disse...

Um tanto triste, mas pleno de superação. Um abraço, Yayá.